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Estou cansada, mas não sei de quê

“Fadiga emocional e o esgotamento invisível das mulheres que sempre dão conta de tudo.”

Ana chegou ao consultório sorrindo.
Disse que estava tudo “sob controle”: filhos bem, trabalho funcionando, casa organizada.
Mas havia algo em seu olhar que contradizia o discurso.

“Eu estou cansada. Mas não sei de quê.”

Essa frase, dita entre risos e um leve rubor de constrangimento, é mais comum do que parece. E quase sempre vem de mulheres que aprenderam a performar forte, mesmo quando estão emocionalmente exaustas.

Fadiga emocional: o cansaço que não passa com descanso

A fadiga emocional é um estado de exaustão interna persistente que não se resolve com uma noite de sono ou um fim de semana de folga.

Ela acontece quando há sobrecarga contínua de demandas emocionais, invisíveis aos olhos dos outros e muitas vezes até da própria mulher que as carrega.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2022), as mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolver transtornos ansiosos e depressivos do que os homens, especialmente quando há acúmulo de funções sem espaço de escuta ou apoio.

O mito da mulher que dá conta de tudo

Mulheres como Ana se tornaram especialistas em: cuidar de todos ao redor; prever necessidades antes mesmo que sejam verbalizadas; acalmar crises externas enquanto silenciam as internas; cumprir listas intermináveis de afazeres e ainda sorrir no fim.

Essa performance, repetida por anos, se torna um padrão. E aos poucos, o corpo começa a falar o que a mente tenta silenciar: insônia, taquicardia, choro sem motivo, irritabilidade, sensação constante de “não estar fazendo o suficiente”.

E quando tentam descansar… sentem culpa

O descanso, para essas mulheres, não é pausa. É desconforto. Porque foram ensinadas que valor está em ser útil, produtiva e sempre disponível. Então, quando o corpo pede pausa, a mente responde com culpa. E o ciclo recomeça.

Autossabotagem e a ausência de escuta

Por trás dessa fadiga está um elemento central: a ausência de escuta emocional verdadeira. Escuta sem julgamento. Escuta sem correção. Escuta sem “conselhos prontos”.

Sem esse espaço seguro, a mulher forte começa a se autossabotar: negando o que sente; invalidando seus próprios limites; comparando-se com quem parece “dar conta melhor”.

Como romper esse ciclo invisível?

🔹 Nomeando o cansaço: Você não está exausta “à toa”. Você está cansada de sustentar o mundo sem se sustentar.

🔹 Revisitando o que é força: Força não é suportar em silêncio. É pedir ajuda antes do colapso.

🔹 Buscando escuta qualificada: A psicoterapia é um espaço onde você não precisa dar conta, apenas existir com verdade.

Em tempo: você não precisa esperar o colapso para começar a cuidar de si

Se você leu esse texto e se reconheceu, isso já é um sinal de lucidez emocional. O passo seguinte é permitir-se o cuidado que tantas vezes você oferece aos outros. Na clínica, criamos um espaço onde mulheres como você podem descansar emocionalmente — sem medo de parecer fraca, errada ou egoísta.

Porque autocuidado não é luxo. É sobrevivência emocional para quem sustenta o mundo todos os dias.

Se quiser, estou por aqui. Na clínica, acolhemos histórias silenciosas com cuidado, sigilo e muita escuta. Vamos conversar?

Que tal iniciar hoje mesmo na jornada “Vem ser feliz!”. Saiba mais no link abaixo.

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